domingo, 18 de outubro de 2009

O gelo que antes consumeia todo meu ser, o tornando frio, duro e nebuloso, se converteu em fogo. Um fogo ardente, incosequente, que chegou queimando, deixando todas as emoções a mostra, expostas a todos aqueles que quisessem me enxergar, me sentir,ver o que tinha me tornado. O fogo, não é perfeito, não é sutil, ele chegou bruscamento ao coração, ainda tem dores, mas me faz me sentir viva, realmente viva. Ele me impulsiona a erguer da cama em que se abriga a solidão, e enfrentar tudo aquilo em que eu vier a tropeçar, por mais que os tombos me machuquem, ele me queima como se estivesse gritando para levantar-me, seguir, caminhar, nem que seja sozinha, mas caminhar. O fogo açoita dentro do peito, faz com que eu lute contra as dores acumuladas do coração, e aos poucos sinto gotas de água pingarem sobre as feridas, e com o tempo se trasformou em chuva e as cicatrizou. Agora encontro-me entre o equilibro das dores e alegrias, sem me preucupar com a perfeição, pois ela é feita todos os dias.



Ariane.